quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Viajando sozinha

Lembro-me bem da minha primeira viagem sozinha, foi em fevereiro de 2011. Na época eu estava fazendo pós-graduação e queria muito tirar uns dias pra descansar daquela vida exaustiva de estudos e trabalho. No entanto eu não tinha férias na faculdade e como o carnaval estava se aproximando resolvi perder uns dias de aula e emendar no feriado pra poder desfrutar de uma “mini férias” de 15 dias na América do Sul.
Passagem comprada, destino traçado e lá estava eu pesquisando dia e noite sobre como chegar ao deserto ao Atacama por Santiago, os melhores passeios em cada cidade, como ir até o maior deserto de sal do mundo na Bolívia (diga-se de passagem, um dos lugares mais incríveis que já tive o prazer de conhecer), hospedagem e etc. 

Eu (de preto ao fundo) e os dois franceses que conheci durante a viagem ao Salar


Sempre que alguém me perguntava no trabalho com quem eu estava indo viajar e eu falava que ia sozinha, ouvia comentários do tipo: “Você é maluca” ou então “que coragem hein, eu não teria”. Muita gente me disse muita coisa, mas eu estava tão decidida que comecei a planejar sem pensar muito nisso pra não correr o risco de desistir.

Perigo existe em qualquer lugar do mundo e estar sozinho em um país desconhecido pode ser arriscado sim, mas acho que as melhores coisas na vida também são. Então se você quer muito viajar e a única coisa que está lhe faltando é companhia, não deixe passar a oportunidade!
Viajar sozinho pode ser muito bacana e até mesmo um desafio pessoal, pois quando estamos sozinhos fazemos uma reflexão sobre a vida e paramos para repensar um monte de coisas (pelo menos comigo foi assim). Além disso, você não tem obrigação de ir aonde não tem vontade, acorda a hora que quer e faz só aquilo que VOCÊ deseja. 

Pode soar meio egoísta, mas tente viajar num grupo grande e veja quanta dor de cabeça você vai ter. Por mais que sejam amigos há muitos anos não há como escapar, pois cada um quer fazer uma coisa diferente. Um quer fazer compras, o outro quer visitar museus, o outro quer conhecer bons restaurantes e o outro quer ir pras baladas. É claro que se você for viajar em grupo tem que sair daqui com isso já acertado pra que a amizade não acabe durante a viagem. Cada pessoa tem que abrir mão de uma coisa ou outra, isso é viajar em grupo! No entanto também há o lado bom de viajar com muita gente: é divertido rir com os amigos, ter com quem comentar sobre um monumento, ter bons amigos para te ajudar caso aconteça algum imprevisto na sua viagem, ajuda a diminuir a saudade de casa, entre outras vantagens.

Depois de programar, pesquisar e planejar minha primeira viagem sozinha eu acabei descobrindo um grande prazer: do it by myself!  É óbvio que não tenho nada contra quem fecha pacote com agências de turismo, acho uma opção válida e muito mais fácil. Só que pra mim não há nada como escolher cada coisinha na sua viagem transformando-a em algo único e inesperado.

Nessa viagem eu aprendi, por exemplo, que não posso chegar em cima da hora pra fazer o check in, pois assim eu perco o voo (eu perdi o voo pro Chile e não é legal). Vi que viajando sozinha eu acabo fazendo muito mais amizades do que eu faria se estivesse com amigos e descobri que não programar a viagem nos mínimos detalhes é a melhor coisa do mundo (nada como ficar de bobeira sem ter aquela obrigação de visitar todos os pontos turísticos).

Na maior parte da minha viagem eu estava sozinha, mas no meio dela eu encontrei minha irmã e no fim com um grupo de amigas. Agora você vai ler isso e pensar, ué, mas então ela não foi sozinha! Eu fui sozinha sim e fiquei sozinha na maior parte da viagem, mas depois eu encontrei com pessoas conhecidas( isso pode ajudar caso esteja com medo de enfrentar uma viagem “solo” pela primeira vez). 

Eu e Naty na Pedra do Coyote ( Deserto do Atacama)

Depois dessa primeira aventura eu não quis mais saber de outra vida. É óbvio que assim como qualquer viagem  há lado positivo e negativo, como citei anteriormente, mas se está com vontade de viajar e nenhum amigo está disponível, enfrente o seu medo e experimente essa sensação única! Afinal de contas não tem como dizer que não gosta se não experimentar, certo?

No ano seguinte, em 2012, minhas férias teriam outro destino, agora um pouco mais longe: Zoropa. Não tive dúvidas quanto à companhia, eu iria sozinha novamente! Algumas pessoas até se ofereceram para ir junto, mas eu queria muito experimentar essa sensação de estar “livre leve e solta” no mundo novamente. É claro que em Paris, por exemplo, senti falta de ter um amigo, mas em todas as cidades que passei conheci pessoas fantásticas e fiz grandes amizades.

Os comentários sobre o fato de eu ir sozinha continuaram, mas eu estava mais segura e confiante do que nunca. A minha sorte é que tenho pais tranquilos e que sabem que fomos criados para o mundo, nesse ponto não tenho o que reclamar! Acho que isso me ajudou a desenvolver esse espírito independente.
Eu em Amsterdã, um lugar inesquecível e apaixonante

É lógico que você antes de sair entrando no avião você precisa ter alguns cuidados básicos para não dar margem pro azar, portanto aí vão algumas dicas:

1º Saia daqui com todas as reservas de hotéis/albergues feitas! Busque no site ou na internet como você vai chegar até lá. Não é legal um turista ficar perdido na cidade arrastando uma mala ou com uma mochila nas costas.
2º Abra a cabeça, não tenha preconceitos! Você vai encontrar gente de todo tipo por ai, então não é porque está viajando sozinho que precisa ficar só no seu mundinho. Faça amizades e puxe assunto! Você vai ver que tem um monte de gente que está na mesma situação que você.
3º Ande com seu dinheiro sempre no porta dólar, até mesmo pra tomar banho leve ele com você.
4º Em alguns países há muito preconceito com mulheres viajando sozinha, principalmente em países árabes, então informe-se sobre o lugar que está indo, respeite a cultura deles e  vista-se apropriadamente!
5º Hospede-se de preferência em albergues. É quase impossível não conhecer gente nova e você nem precisa dormir em quarto coletivo, pois quase todos oferecem também quartos privativos.
6º Mande notícias para sua família e amigos, é sempre bom mantê-los informados sobre onde você está, caso aconteça algum imprevisto.
7º Reúna o máximo de dicas de pessoas que já estiverem naquele lugar e procure fugir das furadas relatadas pelos viajantes.
8º Evite ruas escuras e becos, eles só são bons para cenários de filmes de terror.
9º Cuidado com sua bebida em boates! Fique sempre de olho no seu copo e não aceite bebidas de estranhos (Esse é na verdade um conselho de todas as mães, mas vale a pena relembrar).
10º E por último uma frase inspiradora de Almir Klink, que sempre me faz querer sair pelo mundo: “Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir”.

E você já viajou sozinho (a)? Como foi sua experiência? Passou por algum perrengue? Tem vontade de viajar sozinho, mas está faltando coragem? 
Escreva-nos e conte tudo!

e-mail e messenger: juliana_ribeiro20@hotmail.com

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Rio de Janeiro para diversos gostos e bolsos

O Rio é uma das maiores rotas do turismo internacional no Brasil e o principal destino turístico na América Latina e em todo Hemisfério Sul. É internacionalmente conhecido por diversos ícones, como o Pão de Açúcar, o morro do Corcovado com a estátua do Cristo Redentor, as praias de Copacabana e Ipanema, o Estádio do Maracanã, o réveillon de Copacabana, o carnaval carioca, a Bossa Nova e o samba.
Se você é turista ou morador e está um pouco perdido com o que fazer por aqui, preparamos um guia de diversão para aqueles que querem se aventurar em lugares menos conhecidos e muito bons. É claro que existem milhares de opções, então tivemos que eleger algumas. 

Onde ouvir um bom rock?

Bukowski 

A entrada do Bukowski

Tradicional, o bar-boate em Botafogo leva o sobrenome do boêmio escritor Charles Bukowski, a quem a casa presta homenagem. Funcionando todo final de semana e vésperas de feriado com shows de rock e blues, a casa oferece ainda o “clube do vinil”, um lugar onde você escolhe as músicas que quer ouvir.
Oferece diversas opções de petisquetes, cervejas, destilados e um drinque muito pedido na casa: o Hank (com hortelã e vodca de maçã-verde). O bar também oferece uma narguileria, onde se podem degustar diferentes tipos de fumo.
Na parte externa do Bukowski, é possível sentar nas mesas com toldos, fumar um cigarro e assistir a clipes no telão.
Endereço: Rua Álvaro Ramos, 270 - Botafogo  Rio de Janeiro - RJ, 22280-110
(0xx)21 2244-7303

Rock na Lapa

O Rio Rock & Blues Club é um ambiente para os amantes dos rock e do blues. A casa exibe shows de quarta a sábado e abre nos outros dias apenas para eventos fechados. O clima descontraído prevalece no local, que é muito frequentado por músicos que vez ou outra sobem ao palco para canjas no fim da noite.
A casa fica bem próxima aos arcos da Lapa, na Rua Riachuelo, nº 20.

O Jazz chegou com tudo

Jazz na favela 

A vista da pousada Mazze

Escolhido pela revista americana “Downbeat” em 2012 como uma dos melhores clubes de Jazz do mundo, a pousada Mazze inn oferece toda primeira sexta-feira do mês um Jazz na favela Tavares Bastos, no Catete. O proprietário da casa é Bob Nadkarni, um inglês que apaixonou-se pela comunidade à primeira vista. Da varanda do Maze Inn as pessoas desfrutam de uma das mais belas vistas da cidade, com a Baía de Guanabara, a Praia do Flamengo e o Pão de Açúcar logo à frente.
Para chegar ao local é necessário pegar um táxi ou ônibus e saltar na Rua Bento Lisboa,  esquina com a Tavares Bastos. Chegando ali pegue uma Kombi ou mototaxi que te levarão até a pousada.
A entrada custa R$ 40 reais e não aceita cartão, só dinheiro ou cheque. Chegando até às 22h você paga R$ 30,00(não se atrase, pois o dono do lugar é um inglês e acho que você sabe a fama de pontualidade deles, né?)
Obs: Fique tranquilo porque nessa favela não há problema de tráfico de drogas ou crimes, como se vê em algumas comunidades do Rio.

Jazz no centro do Rio

O afro jazz é um projeto que visa resgatar o Jazz africano e seus descendentes, trompetista Eduardo Santana, que vem se destacando na cena do jazz carioca, foi um dos precursores do movimento Nova Lapa Jazz, que reunia um público caloroso e bonito nas noites de quarta em suas apresentações na Rua da Lapa e Praça Tiradentes.
No repertório estão artistas consagrados como Miles Davis, Fred Wesley, Moacir Santos, Nat King Cole, Mulatu Astatke, Seun Kuti, Manu Di Bango e etc.
O Jazz voltou para as noites de quarta, agora, no Rio Antigo.
Jazz, Groove, Soul, Samba e muita improvisação na Gafieira Moderna, um charmoso sobrado na esquina da Rua do Ouvidor com a Rua do Mercado, pertinho da Praça XV. O valor do couvert artístico é R$ 5,00.

Todo dia é dia de samba

Samba do trabalhador

No Rio o samba é um ritmo bastante popular entre os cariocas, principalmente entre os mais velhos. No entanto ele tem sido muito frequentado por pessoas cada vez mais jovens e de diferentes classes sociais. Já dizia a música de Dorival Caymmi, “quem não gosta de samba bom sujeito não é”.
Quer ir a um samba durante a semana? O que não falta é lugar pra sambar nessa cidade. O que eu mais gosto no samba é o clima de descontração e a alegria das pessoas. É um monte de gente em volta de uma roda cantando e batendo palma, uma energia que não tem preço e que eu nunca vi em lugar nenhum do mundo. Se bem que sou um pouco suspeita para falar, já que o samba é um ritmo que eu aprecio muito.
Em plena segunda-feira rola um sambinha que é MUITO bom e frequentado por uma galera que curte mesmo o samba. O nome é samba do trabalhador e ele acontece, na quadra do Renascença em Vila Isabel, de 16h às 21h30.
Se você assim como eu também não entende porque um samba do trabalhador começa às 16h de segunda-feira, vou lhe explicar o que um amigo me disse. O samba tem esse nome porque é feito por pessoas que trabalham no fim de semana tocando, então a roda acontece no dia em que eles estão de folga. Lá você encontra gente de 80 a 20 anos, é uma mistura boa. O valor da entrada é R$ 10,00.

Samba na laje

O samba comendo solto no Santa Marta

Quer contemplar um belo pôr do sol ao som de samba? 
Então vá à comunidade do Santa Marta, em Botafogo, no primeiro sábado de cada mês. O evento que está mudando as tardes cariocas acontece no Espaço Michael Jackson, às 17h, com o direito a uma das mais belas vistas do Rio de Janeiro. Para chegar ao evento é necessário pegar o plano inclinado, no início do morro e saltar na estação 4. 
Tenha muita paciência, pois geralmente a fila para pegar o bonde é grande, então a dica é chegar bem cedinho. Ou então, caso você tenha disposição, pode ir também pelas escadarias, da última vez que fui cheguei lá morta de cansaço, mas valeu a pena o esforço.
A entrada é gratuita, mas leve um kilo de alimento para colaborar com a campanha do grupo que toca!!! Esses alimentos são todos doados para uma creche da comunidade.

O samba é de primeiríssima qualidade, não perca! 

Baile charme no Viaduto

O baile charme ganhou ainda mais destaque depois da novela da Globo

Há 22 anos, um grupo de amigos com o intuito de fazer um projeto que envolvesse toda a massa do subúrbio, conseguiram autorização para realizar o baile charme na rua, na Praça das Mães em Madureira. O baile que acontece embaixo do Viaduto de Negrão de lima é conhecido como um centro de concentração popular, responsável pela difusão da cultura negra no estado do Rio de Janeiro, em Madureira.
O baile sofreu algumas mudanças visando mais conforto e segurança e para sua preservação, cobra ingresso aos frequentadores. Atualmente  o hip-hop, o new jack e o R&B têm presença definitiva no repertório e conta com diferentes gerações de amantes da Black Music no Rio de Janeiro.
O baile charme do Viaduto Negrão de Lima acontece todos os sábados, às 22h.

Pra dançar coladinho

Festa Forrozada

A festa forrozada é um sucesso

Destinado aos amantes do forró tradicional, a Forrozada se tornou um ponto de encontro mensal de forrozeiros de diversos estados e cidades do Brasil, que viajam até o Rio todos os meses só para curtir a festa. O evento acontece todo primeiro sábado de cada mês, no Centro Cultural Cordão da Bola Preta, na Rua da Relação, nº 03, na Lapa.
Para entrar você paga R$ 20,00 com o nome na lista amiga até 23h59 e R$ 25,00 se for estudante ou um dos 300 primeiros a chegar. Para mandar seu nome para a lista amiga entre no site  e envie até às 18h do dia do evento.

Forró do mercado

Antigamente funcionando, no nº 45 da Rua do mercado, no centro do Rio, o Forró do Mercado começou como um ensaio aberto de músicos e acabou se tornando uma parada obrigatória para quem gosta do ritmo. Principalmente para aqueles que acreditam que o fim de semana começa um dia antes, na quinta-feira.

O evento mudou de local, agora acontece no Leviano Bar, na Lapa. Além de oferecer boa música e vez ou outra canja de outros músicos, também tem caipirinha dose dupla a noite inteira (bebida favorita dos gringos).
A entrada é baratinha, custa R$10 reais com nome na lista amiga, tanto para homens quanto para mulheres. Para entrar com nome  na lista amiga mande um e-mail para: contato@levianobar.com.br

e-mail e messenger: juliana_ribeiro20@hotmail.com

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A bela Florença


Antes de embarcar para a Europa eu já desconfiava que a Itália seria um dos lugares que eu iria me apaixonar e eu não estava errada, a Itália é belíssima.
Quando cheguei a Florença estava caindo MUITA chuva, mas eu estava tão contente por estar indo embora de Paris e indo pra Itália que nem a chuva me desanimou. 

Florença é uma cidade acolhedora e eu fiquei num albergue que era bem próximo a todas as atrações turísticas. Já no primeiro dia conheci uns brasileiros que estavam ficando no mesmo quarto que eu, 3 paulistas que eram muito legais. Acho que essa é a melhor parte de viajar sozinha, você é “obrigada” a conversar com as pessoas e acaba conhecendo gente de vários lugares do mundo.

No primeiro dia tomamos um bom café da manhã e partimos para o Free walking tour oferecido pelo albergue. Já falei antes sobre esse tipo de passeio, confira aqui caso você ainda não conheça.

Passamos por diversos pontos turísticos como a Catedral Duomo, Praça della Signoria,Basilica di Santa Croce, Palacio Vechio, Basílica de Santa Maria Novella, entre outros. O legal de fazer esses passeios com um guia é que você ouve as explicações históricas de cada coisa, o que você provavelmente não ficaria sabendo se fosse por conta própria. 

Depois desse tour fomos até o palácio Palazzo Pitti e Jardim Boboli, valeu a pena a visita pela vista do ponto mais alto do jardim. Além disso, foi ali caiu a ficha de que eu estava na Toscana. O Jardim de Boboli é um parque enorme bem no meio de Florença, pertinho da Ponte Vecchio. O Jardim foi criado para Eleonora di Toledo, esposa do Duque da Toscana, e é cheio de estátuas e fontes. Embora seja bastante conhecido, o jardim tem poucas flores, se comparado a outros grandes jardins da Europa. 

Existem dois lugares em Florença que são disputadíssimos entre os turistas, a Galeria Uffizi e a galeria Academia, então vale a pena até reservar o ingresso de entrada para não correr o risco de pegar uma fila monstruosa. Eu só fui a Galeria Uffizzi e ainda assim dei muita sorte, pois os amigos paulistas que tentaram ir de manhã desistiram depois de ver a fila gigante do lugar. Eu fui às 14h e quase não tinha fila pra entrar, foi uma das grandes sortes que eu tive nessa viagem. Para reservar os ingressos clique aqui

Particularmente os meus dois pontos turísticos favoritos de Florença foram a Ponte Vechio e a Piazza Michelangelo, os dois são gratuitos e imperdíveis.
A Ponte Vechio ao fundo
A Ponte Vecchio é uma ponte medieval sobre o Rio Arno e é famosa por ter uma quantidade de lojas (principalmente ourivesarias e joalharias) ao longo de todo o seu caminho. Durante a Segunda Guerra Mundial a ponte não foi danificada pelos alemães. Acredita-se que tenha sido uma ordem direta de Hitler

Ao longo dela você vai ver que há vários cadeados, especialmente no gradeamento em torno da estátua de Benvenuto Cellini. O fato se dá por conta dos apaixonados que acreditavam que ao trancar o cadeado e lançar a chave ao rio, eles se tornavam eternamente ligados. Graças a essa tradição e ao turismo crescente, milhares de cadeados tinham de ser removidos com frequência, estragando a estrutura da ponte. Devido a isso, o município estipulou uma multa de 50 euros para quem for apanhado, colocando cadeados na ponte. Por isso cuidado hein, vê se não vai inventar de colocar o seu cadeado lá!

Olha ai os cadeados que eu falei.
O meu encontro com a Piazza Michelangelo foi totalmente inesperado e surpreendente. Eu estava triste com a partida dos meus amigos paulistas e acabei ficando no albergue naquela noite. Quando eu estava usando o computador eis que surge o Carlos, um chileno que conheci no dia anterior e que também estava no mesmo quarto. Ele gostava de tirar fotos, assim como eu, e me explicou que tinha encontrado um ótimo lugar para fotografar a cidade e acabou se oferecendo pra me levar até lá também. Fiquei meio receosa, afinal de contas já era quase meia-noite e eu ia andar pela cidade com um cara que eu tinha acabado de conhecer. Como quem tá na chuva é pra se molhar, aceitei o convite de Carlos! Durante o percurso ele foi me dando várias dicas de fotografia e contando sobre sua história de vida. É impressionante como ganhamos intimidade e entramos na vida das pessoas que cruzam nossos caminhos em tão pouco tempo. 

Essa foi a foto que tirei lá de cima da Piazza Michelangelo
Seguimos em direção à praça que fica no alto de uma escadaria enorme e escura, não aconselho a ninguém ir sozinho, pois pode ser perigoso. Naquele momento ainda estava com um pouco de medo, mas ao chegar até a praça e dar de cara com a vista mais bela de Florença tudo mudou. Fiquei ali contemplando o visual, fotografando e bebendo cerveja. Valeu a pena e recomendo a visita a essa praça!

Outra coisa que não pode deixar de ser feita em Florença sob nenhuma hipótese, é comer os deliciosos gelatos. São diversas lojas espalhadas pela cidade e eu achei os sorvetes melhores que os de Roma, então provem todos os sabores que puderem porque são M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O-S.

Dizem que Florença é um museu a céu aberto e não é mentira, mas muitas atrações são pagas então vá preparado. Acho que 3 dias inteiros são suficientes para conhecer tudo e se perder pelas belas ruas estreitas. Um conselho: faça tudo a pé, não alugue carro!

e-mail e messenger: juliana_ribeiro20@hotmail.com